Sites Grátis no Comunidades.net Criar uma Loja Virtual Grátis

Total de visitas: 2984416
 
Respondendo a uma leitora..

Até parece que ela está indo ao baile de uma debutante e não para a cama..

 Além da incomparável inconveniência que é ditar regras para algo que, a princípio e por definição, não as admite, há um fato que parece preocupante: algo que parece ser um  certo egoísmo inerente da jovem, ao utilizar padrões diversos para os diversos papéis que ela atribui durante o sexo.

 

Cada pessoa tem direito a suas preferências, e ao contrário do que essa Jovem  aí parece pensar, isso é bom. O problema começa quando as pessoas começam a criar regras. Essa Jovem deve ter se achado a Marta Suplicy do século XXI ao escrever esse monte de obviedades ou, o que é pior, estabelecer como regra geral e aplicável a todos e todas as suas preferências pessoais. E eu, se fosse o caso, quereria distância dessa Jovem.

 

Abaixo segue a lista feita pela Jovem, com os devidos comentários feitos onde julgamos necessário.

 

 

1 – Pular as preliminares:  ir direto ao ponto às vezes incomoda a mulher.

 Às vezes. Faz assim, ó: pega a mulher, encosta na parede, levanta o vestido, afasta a calcinha pra o lado e veja no que é que dá... Leve inconsideração se o local é apropriado!

 

2 – Beijá-la com força e sem sensibilidade: paixão é sempre bom, mas vá com calma.

Isso significa beijar com delicadeza e sensibilidade e também com força e sem sensibilidade? Sinceramente, eu não entendo direito esse manual aí. Há uma hora para tudo, alguém poderia dizer a essa jovem, que o seu problema é não saber disso!

 

3 – Ser muito bruto ao tocar as zonas erógenas: o clitóris é muito mais complexo do que o pênis.

“Diga aos homens como pode toca-la, você tem que falar como gosta ou suas preferências”...

 

4 – Dizer “não” às carícias: o segundo maior órgão sexual da mulher, depois de sua mente, é a sua pele.

“Confesso que não entendi”...

5 – Chupar seus mamilos como um bebê: é divertido, mas é legal antes explorar o caminho pela auréola e pelo resto do seio.

 

6 – Morder a orelha dela: pode parecer sexy, mas talvez ela não pense o mesmo. Dói.

A essa Jovem,  jamais ocorreu a idéia simples de que alguém pode gostar do que ela não gosta.

 

7 – O famoso “chupão” no pescoço: não recomendado para maiores de 16 anos.

Pobre Jovem.  O problema do “chupão” não é o durante, é o depois; é as pessoas verem que você andou fazendo safadeza. Ela precisava fazer essa distinção, mas não faz.

 

8 – Transar sem fazer a barba: você pode se sentir atraente, mas pinica.

Certo, isso é admissível. Obviamente, se você esquecer  de fazer a barba, ou sua pele é sensível demais e você não pode fazer todo dia, e assim do nada surge uma gostosona doida para dar para você, não coma. Porque pinica.

 

9 – Não se lavar antes do sexo: não precisa exagerar, mas higiene é fundamental.

  Enfim!  Alguma coisa salutar...

10 – Esquecer-se que seu corpo também gosta de ser tocado: não economize carícias. Você só tem a ganhar.

Por que será que eu tenho a impressão de que essa moça aí fica deitada, esperando que o sujeito faça tudo, e reclama se não fazem o que ela quer?

 

11 – Passar os dedos debaixo da roupa íntima dela antes de ela estar pronta: não seja tão ansioso, porque incomoda.

Bom... Seria melhor jogar cartas, ou  brigar de: o escravo de Jô , jogava o gaxigar...

12 – Jogar a camisinha no chão: que falta de glamour. O lugar certo é o lixo.

E tirar o emprego de milhares de camareiras de motel? Essa moça é do PSDB. E pelo visto nunca foi levada ao que o Frank Harris, esse gênio do passado, chamava de “os páramos do prazer”. Se fosse, a última coisa em que ela pensaria seria no destino dado a uma camisinha usada.

 

13 – Ter o clitóris como primeira opção: não é recomendável esquecer-se  das regiões próximas a ele.

A bundinha, por exemplo.

 

14 – Parar justamente quando ela pede para não parar: está indo bem, ela está curtindo, continue.

O homem, esse objeto sexual sem vontade própria…

 

15 – Ser desajeitado ao despi-la: concentre-se e não deixe de beijá-la.

Exclusivo no blog do Rafael Galvão: Curso de Malabarismo em apenas 3 lições!

 

16 – Tirar a própria roupa de forma ridícula: lembre-se de que na sua frente há outra pessoa. Uma linha muito tênue separa o engraçado do patético.

O difícil é saber que linha é essa. Por exemplo, tem gente que gosta de usar fantasias — como empregada doméstica, colegial, bombeiro, essas coisas, e ainda contam essas histórias para as pessoas mais próximas. Tem gente que é chegada num teatrinho — assim como tem gente que gosta de coprofagia. Mas uma vez ouvi uma história de uma moça bem intencionada que resolveu fazer uma surpresa para o noivo: levou o sujeito para o motel, entrou sozinha no banheiro e saiu de lá com uma roupinha de coelhinho da páscoa, com o detalhe supremo de uma cenoura na boca. O sujeito caiu na gargalhada. Deve estar rindo até hoje.

 

17 – Esperar que ela tenha depilado a virilha: você pode gostar muito, mas para ela pode incomodar e coçar.

Peraí, sejamos justos. O sujeito tem que fazer a barba mas ela não tem que depilar a virilha? Que essa mulher não entende nada de outras mulheres eu já sabia; mas ela também não entende nada de homens. Se bem que isso eu também já sabia.

 

18 – Colocar um dedo dentro da vagina antes do tempo certo: a impaciência nunca funciona.

 Seria melhor coloca-lo no ouvido...

19 – Avançar sem perguntar: não é questão de acabar com o elemento surpresa, mas é preciso saber entender o que o olhar dela diz.

E aqui a minha tese da moça mal comida se confirma: ela está com os olhos abertos. Ela está conseguindo enxergar alguma coisa.

 

20 – Tentar insistentemente a penetração no escuro sem êxito: ela pode te ajudar, não tenha vergonha.

Tá, isso deve mesmo ser engraçado: “Ai, filho da puta, buraco errado!”

 

21 – Achar que ela vai ficar de quatro: essa posição pode fazê-la se sentir como um objeto sexual.

Se ela tiver sorte, sim. Mas essa moça aí não parece ter tido muita sorte com os homens.

 

22 – Ir com força: comece com suavidade, e o ritmo será definido entre os dois.

Cada quem com seu cada qual, dizia uma filósofa de Laranjeiras.

 

23 – Ejacular muito rápido: ela deve se satisfazer primeiro.

Hummm!!!

24 – Ejacular ou perder a ereção ao colocar o preservativo: o primeiro é raro e, o segundo, questão de prática.

Broxar é falta de educação!  Se, bem que depende do tipo de mulher...  Nisso ela sempre teve razão. Se a vergonha masculina não lhe impedir de cometer esse crime, que a vergonha social lhe sirva de aviso.

 

25 – Não falar com ela depois: pergunte se ela gostou.

Há um anúncio clássico do Chivas Regal, acho que dos anos 1970, que diz o seguinte: se você precisa perguntar o preço, é porque não pode comprar.

 

26 – Não fazer sexo oral se ela pedir: não seja preguiçoso, pois é muito prazeroso para ela. Se não gosta do odor ou do sabor, podem tomar banho juntos antes.

Sem comentários...

27 – Tentar convencê-la a fazer sexo oral em você: é desagradável, respeite-a.

Item em flagrante conflito com o anterior. Isso não diz muito sobre sexo em geral, mas diz muito sobre ela: ela gosta de receber, mas não gosta de fazer. Direito dela, que tem que ser respeitado. Mas ela se torna uma imbecil ao tentar fazer disso uma regra geral.

 

28 – Forçar a cabeça dela enquanto ela faz sexo oral.

Sem comentários

29 – Segurar a cabeça dela também não vale: não é tão ruim quanto o item anterior, mas pode agoniá-la.

Essa moça nunca leu Hamlet na vida. Se lesse, saberia que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a sua vã — e põe vã nisso, porque não há nada mais vão que discutir putaria — filosofia.

 

30 – Ejacular na sua boca sem perguntar: o sêmen não é um manjar.

“Distinta senhora, se me permitis a indiscrição, consentirias se eu esporrasse em vossa cavidade oral?”. Deve ser lindo. Coisa mesmo de distintos cavalheiros.