Introdução
A Sexualidade é a constituição de um indivíduo em relação a atitudes ou atividades sexuais. O sexo é a terminologia utilizada para referir-se às pessoas que apresentam características físicas e emocionais do sexo masculino ou feminino, relações ou jogos sexuais, totalidade das características de estruturas reprodutivas e funções. Fenótipo e genótipo, que se distinguem de fatores sexuais, estatisticamente amplos em conceito
OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Verificar, através de um estudo de campo, a percepção das pessoas em relação a sua sexualidade.
2.2 Objetivo Específico
Conhecer a freqüência e dificuldades encontradas nas relações sexuais, Identificar o conhecimento em relação à prevenção das DST's.
3 Metodologia
3.1 Tipo de estudo:
Tratou-se de uma pesquisa de campo, não experimental de caráter descritivo, exploratório, através de uma abordagem quantitativa e qualitativa.
Na pesquisa não experimental a relação entre fenômenos são estudadas sem intervenção experimental. Não há "manipulação". Não há tentativa deliberada e controlada de produzir efeitos diferentes através de diferentes manipulações.
Pesquisa exploratória é pouco ou nada estruturada em procedimentos e seus objetivos são pouco definidos, seus propósitos imediatos são os de ganhar maior conhecimento sobre um tema, desenvolver hipóteses para serem testadas e aprofundar questões a serem estudadas.
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado.
Questionários são instrumentos escritos e planejados para reunir dados de indivíduos a respeito de conhecimento, atitudes, crenças e sentimentos. A pesquisa survey baseia-se quase inteiramente em interrogar os sujeitos da pesquisa, ou com entrevistas, ou com questionários.
3.2 Local da pesquisa
Na capital São Luis- Ma, Fundada por Franceses em 8 de setembro de 1612, a mando do Rei de França Luis XIII pelo Sr. De L’ Ravardieré, a pesquisa foi feita nas periferias e bairros da cidade, que é patrimônio da humanidade, conhecida como cidade de porcelana, cidade dos azulejos ou a “Ilha do Amor “.
A população deste estudo foi composta por indivíduos de varias idades ou trabalhadores, funcionários, estudantes, professores, etc.
A amostra foi composta por 1000 indivíduos que aceitaram participar da pesquisa de livre esclarecido (anexo 1). Foi assegurada aos participantes a questão do sigilo dos dados e a identificação pessoal.
Foram considerados critérios de exclusão para este estudo, os indivíduos com a faixa etária inferior a 12 anos, que estiveram em período de férias; que não são usuários e não aceitarão participar voluntariamente da pesquisa.
3.4 Procedimento de Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada no mês de Janeiro de 2010 a Maio do ano de 2011, nos mesmos dias durante a semana. O instrumento de Coleta dos dados da Pesquisa de Campo foi um questionário estruturado (apêndice 1), desenvolvido pelos próprios pesquisadores para a coleta, composto por questões abertas e fechadas, descritivas e concisas, advindas das inquietações dos pesquisadores.
Após esclarecimentos (anexo1) em uma sala reservada. Respondiam perguntas abertas e fechadas referentes às suas características e sua sexualidade (apêndice 1). A duração média da entrevista foi de dez minutos para cada individuo.
Análise dos Dados da Pesquisa de Campo
Posteriormente a aplicação do questionário, foi realizada a análise dos dados, seguindo as etapas.
- Leitura completa e presença sensível na transcrição do que o participante descreveu.
- Especificação das expressões importantes em cada segmento de pensamento, usando as palavras do participante.
- Síntese preliminar de significados fundamentais de todos os segmentos de pensamento para cada participante com um foco na essência do fenômeno que esta sendo estudado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra foi composta de 1000 indivíduos totalizando 100% das pessoas. Quanto ao gênero 70,58% são do sexo feminino e 24,42% do sexo masculino.
Quanto ao estado civil dos 100% dos indivíduos entrevistados, 41,17% são casados, 23,52% são solteiros, 23,52% são viúvos e 11,76% são amasiados.
Quanto ao grau de escolaridade dos indivíduos, verificou-se que 58,82% com ensino fundamental incompleto, 23,52% com ensino fundamental completo, 11,76% com ensino médio completo e 8,88% com ensino superior completo 6,63 % superior incompleto.
Quanto à quantidade de filhos dos indivíduos entrevistados, verificou-se que 5,88% com um filho, 35,29% com 2 filhos, 11,76% com 3 filhos, 11,76% com 4 filhos, 17,65% com nenhum filho.Quanto ao tipo de prevenção durante a relação sexual, 82,35% relataram que não usam preservativo, 11,76% utilizam o condon masculino e 0,05% dos indivíduos condon feminino.
Na questão intitulada qual o tipo de relação sexual os indivíduos, tiveram a oportunidade de responder mais de uma alternativa da questão, 70,58% usam a forma de coito vaginal em sua relação sexual, 17,65% referiram não ter de relação sexual freqüentemente, 8,58 referiram ter relações anal, masturbação 98,79 % das mulheres com idade 12 a 80 anos referiram usar essa pratica habitualmente “duas a quatro vezes por semana”, 18,45 % dos homens com idade 12 a 60 anos praticam a masturbação semanalmente “uma a duas vezes por semana”.
O sexo na terceira idade está envolto em preconceitos para ambos os sexos, as mudanças são gradativas não havendo nenhuma idade ou fase crítica. Ocorrem mais no campo da freqüência e do vigor, do que no modo e na qualidade do prazer. Havendo os sentimentos de ser querido, necessário, importante a capacidade de receber amor e afeição, o sexo só acaba quando tudo se acaba: na morte. Para o idoso significa muito mais que o coito e sim as caricias. Relação sexual é todo e qualquer ato afetivo - e não somente o coito - sendo uma prova de amor, assim como a gravidez também.
Nesse contexto, a "sexualidade é dimensão ontológica que se manifesta na
Corporeidade, “expressa nossa maneira de ser e de estar no mundo mediante os erros que permeiam o cotidiano humano”. É uma característica humana que não se perde com o tempo, mas vai se desenhando, conforme a história vivenciada pelo corpo vivente em sua trajetória existencial.
Verificou-se que na vida sexual do idoso da amostra 35,29% referiram não ter relações sexuais, 35,29% possuem eventuais relações sexuais e 29,41% dos idosos são sexualmente ativos.
Denotando a exclusão da abordagem sobre sexualidade nos meios de comunicação e nas campanhas voltadas a prevenção das DST's para a população que demonstra grande lacuna nas múltiplas referências dos fatos em que se constrói a epidemia. É crescente o número de pesquisas que mostram o indivíduo está cada vez mais ativo sexualmente, fato este observado principalmente após a liberação do uso de medicamentos que melhoram o desempenho sexual do homem, principalmente o Viagra.
Devemos ter em mente que envelhecemos de diferentes maneiras e que nem todas as pessoas da mesma faixa etária apresentam características semelhantes. Reconhece-se que caracterizar a pessoa é um desafio, uma vez que a condição humana apresenta-se complexa e peculiar, o que torna difícil estabelecer um perfil comum a todos.
Nas respostas sobre os problemas na relação sexual 70,58 % declararam não apresentar problema durante a relação sexual, 23, 52% relataram dificuldades na ereção, ejaculação precoce e lubrificação ineficaz da vagina e 5,9% relataram não ter relações sexuais freqüentemente.
Quanto a traição relataram as mulheres, 87,4% traírem os maridos durante os 15 primeiros anos de casadas, 68,4% nos 10 primeiros anos, 42,6 % nos 5 primeiros anos, 2 primeiros anos 12,3 %, os homens 40,6 % relataram ter traído as esposas nos 15 primeiros anos, 36,5% nos 10 primeiros anos, 26,7% nos 5 primeiros anos, 9,7%, nos 2 primeiros anos 0,6%.
Quanto ao conhecimento que possuem sobre a prevenção de DST's verificou-se que 82,35% relataram que conhecem como se previne estas doenças e 11,77% não conhecem o assunto.
Quanto ao meio ou forma adquiriram o conhecimento sobre as DST's, 64,70% dos sujeitos relataram que foi através da televisão, 23,53% através de outros meios e 11,76% através do profissional da medicina.
[...] A educação sexual, que deveria ser uma dimensão fundamental da medicina, também é eficaz como uma forma de apoio, permitindo aos indivíduos e aos casais superar os seus problemas sexuais. Em segundo lugar, existe uma necessidade de orientação para os indivíduos e os casais que tenham problemas um pouco mais complexos; esta pode ser assegurada pelas enfermeiras, parteiras, médicos, generalistas, ginecologistas e outros profissionais. (15)
Quando responderam sobre a possibilidade de usar algum meio de prevenção durante a relação sexual, verificou-se que dos 100% da amostra, 58,82% relataram que possuem parceiros conhecidos e fixos, 11,77% usam camisinha na relação e 29,41% verificou-se a pratica do tabu em usar preservativos durante a relação sexual e o fato de parceiro conhecido e fixo ser um método errôneo de prevenção de DST's.
Sabe-se que em tempos de AIDS e DST's não se usa mais a orientação de grupo de risco e sim comportamento de risco, desta forma, mesmo com parceiros fixos e conhecidos é necessário e fundamental o uso do preservativo.
Observando as recomendações para a prevenção pelo governo Brasileiro achamos e concordamos com o uso de preservativos em todas as relações sexuais ser o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão, tanto das DST quanto do vírus da AIDS.