A estrutura organizacional dos serviços de saúde acompanha as transformações da sociedade contemporânea
e está centrado em modelos tecnoburocráticos de gerenciamento, pautada nas teorias administrativas,
seguindo especialmente princípios da Administração Científica, da Escola Clássica e da Teoria da Burocracia.
As teorias administrativas na enfermagem têm influenciado, ao longo do tempo, a organização do
trabalho da equipe no âmbito hospitalar, refletindo na produtividade e na qualificação da assistência de
enfermagem, na integralidade do cuidado e na divisão de tarefas, evidenciando a complexidade do setor
saúde e do trabalho de enfermagem. Atualmente, as práticas realizadas nos serviços
de saúde passaram a ser consideradas produtos e, assim, passíveis de exigência de qualidade e,
conseqüentemente, de serem submetidas a medidas avaliativas. Com a expansão dos serviços privados e a
competitividade própria do mundo capitalista, esta exigência tornou-se notória, com participação, também,
do setor público, pois os cidadãos passaram a entender a qualidade como direito social.
A formação dos enfermeiros para atuar na perspectiva de gestão proposta pelo SUS exige do enfermeiro competências
de caráter educativo, assistencial, administrativo e político; todas engajadas no compartilhamento de
informações e conhecimento que o enfermeiro tem do processo de gestão em saúde, do desencadeamento de
processos sociais, integrando ações de coletividade, dos serviços assistências e da avaliação dos resultados,
visando à melhoria da qualidade do serviço.