Os homens mais predispostos são os que mantêm relações sexuais sem proteção com parceiras infectadas, com hábitos de higiene precários, desta forma mais predispostos a infecções (como pacientes portadores de diabetes mellitus, imunodeficiências e outros), e aqueles em uso de antibióticos de amplo espectro. Parece que a circuncisão (cirurgia usada para retirar o prepúcio, muito difundida entre os judeus) protege o homem das balanites por facilitar a higienização do pênis.
A principal manifestação é a inflamação, que provoca vermelhidão, aumento da temperatura local e dor, às vezes acompanhada de inchaço. Podem aparecer ulcerações (pequenas feridas) na superfície da glande. Nos casos associados a infecção, podem estar presentes pústulas (bolhas com pus) e os pacientes também referem coceira e presença de secreção mal-cheirosa.
O diagnóstico é feito principalmente com base nos sintomas que o paciente refere e no aspecto da lesão visualizada no exame físico. Coleta-se uma amostra do líquido presente nas lesões para determinar se a inflamação é ou não de causa infecciosa. Pode realizar-se também, uma biópsia (extração de pequena amostra de tecido da ferida) para descartar a possibilidade de outras doenças malignas tais como câncer de pênis.
O tratamento das balanites depende da causa da inflamação. Balanites infecciosas são tratadas com uso de antibióticos e antifúngicos, associados a orientações de higienização adequada. Nestes casos, é fundamental o tratamento da parceira para erradicar eficientemente a doença. A circuncisão é uma opção, por facilitar a higienização e, assim, proteger o indivíduo.
Nos outros casos, deve-se evitar exposição aos agentes irritantes identificados como causadores do processo, como pomadas e sabonetes. As balanites não infecciosas podem ser tratadas com uso de medicamentos antiinflamatórios.
As principais complicações são fimose (estreitamento do prepúcio de modo a não permitir que seja tracionado e exponha dessa forma a glande), fissura do prepúcio (espécie de fenda causada pelo aumento das ulcerações. Outras complicações, relacionadas com a causa da balanite, podem estar presente.
Boa higiene (com retração do prepúcio), circuncisão, tratamento da(o) parceira(o) e uso de preservativo nas relações sexuais são os melhores métodos de prevenção das balanites.