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COMO AFERIR PRESSÃO ARTERIAL- PA

 

 

O QUE É A PRESSÃO ARTERIAL?


figura1


A pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, dependendo da força da contração do coração, da quantidade de sangue e da resistência das paredes dos vasos é chamada Pressão Arterial.

0  ponto mais alto da pressão nas artérias é chamado de pressão sistólica. O ponto mais baixo, ou a pressao que está sempre presente sobre as paredes arteriais é chamada de pressão diastólica.

O instrumento utilizado para medir a pressão arterial é o esfigmomanômetro, e os tipos mais usados são os de coluna de mercúrio e o ponteiro (aneróide), possuindo ambos um manguito inflável que é colocada em torno do braço do paciente.

O estetoscópio é o instrumento que amplifica os sons e os transmite até os ou vidos do operador.

A série de sons que o operador ouve, ao verificar a pressão sangüínea, são chamados de sons de Korotkoff.

O primeiro som claro, quando o sangue flui, através da artéria comprimida, é a pressão sistólica. A pressão diastólica ocorre no ponto em que o som muda ou desaparece.

VARIAÇÃO NORMAL DA PRESSÃO ARTERIAL


A Pressão Arterial de um indivíduo varia de acordo com vários fatores tais como a idade, o estado emocional, a temperatura ambiente, a posição postural (em pé, deitado, sentado), estado de vigília, ou sono e com uso de drogas (fumo, álcool, etc ... ).

A medida da pressão arterial é simples e o método é fácil, mas certos cuidados e recomendações devem ser levados em consideração para que se evitem erros; observar no anexo 1.

A medida incorreta da pressão arterial pode trazer conseqüências graves, tanto por levar pessoas normotensas a serem tratadas sem necessidade ou, ao contrário, deixar de tratar pessoas hipertensas.

As fontes de erros mais comuns são apresentadas no anexo 11. Um cuidado especial deve ser tomado quanto à escolha adequada do manguito quando as pessoas são muito gordas ou muito magras.

O problema da pressão alta (hipertensão arterial) é de extrema gravidade no mundo. No Brasil, sabe-se que essa doença é responsável direta ou indiretamente por 19% de todas as mortes ocorridas no país e 3%   de todas as internações, além de se constituir na terceira causa de afastamento do trabalho (Iogo depois das doenças mentais e tuberculose).

Seu diagnóstico é muito fácil mas exige algumas considerações como veremos adiante.

É fundamental o uso de Normas PADRONIZADAS para se
determinar corretamente o valor da pressão arterial

 

PROCEDIMENTOS PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

figura2 1.  Colocar o indivíduo em local calmo com o braço apoiado a nível do coração e deixando-o à vontade, permitindo 5 min tos de repouso. Usar sempre o mesmo braço para a medida;

2.   Localizar o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida;
3.  Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%;

figura3

figura4 4.  Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a;
5.  Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Manter a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio;

figura5

figura6 6.  Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg;

7.  Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo de novo;

8.
  Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente;
figura7


09.
Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente
até 30 mmHg acima da pressão sistólica registrada;


10.   Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de
2 a 3 mmHg por segundo;


 
11.  Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons de Korotkoff);

figura8

figura9 12. Identificar a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível.
Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos;

13. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no mesmo braço anotando os valores observados;
14.  Registrar a posição do paciente, o tamanho do manguito, o braço usado para a medida e os menores valores de pressão arterial Sistólica e Diastólica encontrados em mmHg. Retirar o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente afim de evitar danos.

 

figura10

 

ANEXO I

CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES

1. APARELHO DE PRESSÃO
  OBSERVAR CORRETO DESVIOS
MANÔMETRO de mercúrio ou ponteiro (aneróide) estar no zero e ter movimentos livres mais ou menos lento oscilação
MANGUITO borracha, tubos e conexões


braçadeira

fixadores
íntegros


íntegra

íntegros
com vazamento, colabados, frouxos

estragada

soltos, ausentes ou desgastados
PERA E VÁLVULA pera de borracha

válvula de metal
íntegra

íntegra
abre e fecha livremente
com vazamento. colabada ou frouxa

com vazamento, dura, solta

 

2.   ESTETOSCÓPIO
  OBSERVAR CORRETO DESVIOS
OLIVAS   presentes e íntegras ausentes, trincadas, soltas ou sujas
TUBOS E CONEXÕES   íntegros trincados, furados ou desiguais
CABEÇOTE conexão e diafragma íntegras solta ou furada

 

3.   PACIENTE
  OBSERVAR CORRETO DESVIOS
POSIÇÃO deitado, sentado ou em pé conforto e respouso desconforto e stress
MEMBRO superior ou inferior

diâmetro

posição do membro
despido e apoioado

manguito apropriado

nível do coração e afastado 45º do corpo
com roupas, sem apoio

manguito inadequado

abaixo ou acima do coração
COLOCAÇÃO DA BRAÇADEIRA distância da prega do cotovelo

parte inflável (manguito)


ajuste da braçadeira

tubos
2,5 cm acima


cobrir a face interna do
braço

estar bem ajustada

deixar livres
maior ou menor


cobrir a apenas a face externa

frouxa ou apertada

presos, entrelaçados ou retorcidos
MANÔMETRO visibilidade

posição
bem vísivel

coluna de mercúrio ao nível dos olhos
má iluminação

posição inadequada

 

ANEXO II

CAUSAS DE ENGANO DA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

ENGANOS DEVIDOS AO EQUIPAMENTO

1. Sistemas inadequadamente calibrados ou testados;

2. Defeitos do esfigmomanômetro aneróide ou de coluna de mercúrio: oríficio de ar obstruído, calibração alterada, manguito incompletamente vazio, tubulação defeituosa, sistema de flação ou válvula de escape, mercúrio, insuficiente no reservatório ou indicador zero errado;

3. Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço;

4. Circunferência do membro em relação à variação da largura da braçadeira maior ou menor que 2,5 produz leituras de pressão indireta falsamente altas ou baixas respectivamente.

figura11


ENGANOS DEVIDOS À TÉCNICA DE EXAMINAR

figura12

1. Braços sem apoio dão pressões falsamente altas;

2. Examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiado frme sobre o vaso;

3. Examinador apresenta preferência por números pares;

4. Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea;

5. Sistema acústico danificado;

6. Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial.